De
repente algumas músicas invadem a mente, e foi assim que me vi cantando Dublê
de corpo do compositor e cantor Leoni.
Ouvir
música é uma atividade que ativa lembrança, principalmente se a canção foi
vivenciada dentro de um contexto emocional. Estudos indicam que a capacidade de
memorização está ligada com um significado emocional de maior peso, é por isso
que ouvir músicas com interações sociais agradáveis estimulam o cérebro e
promovem emoções. A emoção também é um recurso para estimular funções
cerebrais.
A
audição desempenha uma importante função na nossa vida e corresponde a um dos
órgãos dos nossos sentidos. A medida que envelhecemos, ou mesmo por traumas físicos,
genéticos, dentre outros, podemos perder ou diminuir a capacidade auditiva. No
primeiro momento o que se pensa é na limitação, entretanto, se bem usada, a
barreira inicial poderá ser uma oportunidade para usar outros sentidos.
O
inesperado pode ser um fator positivo à medida que modifica algo habitual,
rotineiro, porque um cérebro ativo e saudável se consegue com reações
imprevisíveis, e o que pode ser mais inesperado do que as interações sociais?
Ouvir
música já é uma atividade prazerosa, mas imagina associar essa atividade em um
grupo de pessoas, com jogos de lembrar qual é a música, contar uma história que
determinada música ocasionou. O cérebro tem que fazer várias associações e
assim sai do automático com um estímulo novo e inusitado.
Experimente
colocar tampões no ouvido e faça suas atividades habituais, perceba o mundo sem
som, com certeza terá que utilizar outros recursos diferentes do que está
acostumado, esse processo retira seu cérebro do automático e permite novas
associações.
Associe
a música a um cheiro, aprecie um filme sem a visão, comunique-se sem usar a
voz.
Aproveite
o tempo da música para ouvir diferente seu cérebro agradece.