"Ao fazer várias coisas ao mesmo tempo corre-se o risco de não fazer coisa alguma".
Já ficou fazendo
várias coisas ao mesmo tempo, com a sensação de que não concluiu nada? Começa
vários afazeres e não consegue terminar? Os afazeres interrompidos, automáticos
e sobrepostos caracterizam o tempo embolado e podem comprometer sua qualidade
de vida.
Quando executamos
várias atividades ao mesmo tempo, estamos no automático e nesta automação
perdemos a utilização dos órgãos do sentido é como se virássemos robôs. No tempo embolado, estamos meio que
perdidos, sabemos o rumo, más desviamos a rota. Achamos um jeito de não
terminar, não concluir, parece um saco sem fundo que tentamos preencher, falta à
completude Passa-se o dia e vem à frustração, corremos atrás do tempo e fomos
engolidos por ele.
A compreensão sobre
seus afazeres pode ser possível quando você quer parar e pensar no quanto isto
prejudica sua vida. Na avaliação desses fazeres investiga-se a frequência, a
maneira, e a necessidade de como acontece esse fazer. A ocorrência dos afazeres
embolados ao longo do dia e na rotina de vida é prejudicial quando se
transformam em hábito ou um padrão de vida.
Ter a consciência do
tempo real nos remete ao presente, ao instante, a automação prejudica nossos
sentidos e as mensagens que são enviadas para o cérebro, dificultando nossa
capacidade de concentração A capacidade criativa, da imaginação, da fantasia e
do sonhar precisam ser preservadas porque através delas podemos proteger nosso
mundo interno preservar o sentido da existência. Isto é importante para alcançarmos
significado no momento vivido e nos ajudam a construir um tempo menos vago.
Por outro lado parece
ser altamente louvável, neste tempo tumultuado que vivemos a alta
produtividade, efetividade e reconhecimento dos méritos de desempenho
ocupacional. Mas o fato é que nessa execução desenfreada e simultânea o que se
estabelece é a
ausência ou perda dos papéis ocupacionais.
Até parece estranho
uma terapeuta ocupacional dizer que é preciso parar de fazer coisas, mesmo
porque a maioria das pessoas entende este profissional como aquele que “ocupa”
o tempo. Mas afinal, precisamos sim de afazeres, porém cabe a este profissional
te ajudar, na organização deste tempo e principalmente na qualidade e reais
necessidades dessas ações; tempo bom e bem usufruído é quando se perde a noção
dele.
Portanto não faça do
seu tempo um pesar, reabilite seu tempo.
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